A base de tudo no mundo se resume a números, é por isso que os profissionais de marketing se sentem obrigados a mensurar tudo. As tecnologias atuais ainda resultam em mensurações imperfeitas, fazendo com que mensuremos o que é mais fácil ao invés do que é certo.
O mundo virtual é como a “terra prometida”, tudo graças a capacidade de fornecer os números tão almejados. Mas a verdade é que isso leva muitos profissionais de marketing a inverter seus objetivos para se adequarem às métricas. Infelizmente, as metas são determinadas pelo o que podemos rastrear ao invés do que precisa ser feito para alavancar os negócios.
Algo interessante é colocar o consumidor no centro do planejamento da marca, alterando a dinâmica, fazendo as estratégias aumentarem a confiança de que os resultados gerados são realmente significativos para a empresa.
Que tal investir neste método, confira algumas dicas que podem te auxiliar:
1. Mapeie a jornada
Um bom planejamento estratégico consegue conectar o que você está fazendo com a razão de estar fazendo. Ligando metas e táticas.
Inicialmente, é preciso mapear a jornada do consumidor em relação aos produtos. Os clientes sabem da existência da marca? A empresa tem algum obstáculo específico a ser vencido? Qual é a importância das indicações? Após entender a trajetória dos consumidores, você terá um claro entendimento dos objetivos do negócio que vão gerar crescimento da receita a longo prazo, saúde da marca e defesa do cliente. Uma vez determinada a meta da empresa, você pode se certificar de que os KPIs (key performance indicators) sejam direcionados a ela.
2. O funil não está morto
Quer um dado interessante, existem 38.900 resultados para “funil está morto” no Google. Só que não. O modelo do funil de compra perdeu a força devido à proliferação dos canais midiáticos, a habilidade de pesquisar qualquer coisa a qualquer hora, mas isso não quer dizer que ele está morto. As empresas precisam customizá-lo para atender às necessidades dos negócios.
O “funil” representa um modelo completo da jornada do consumidor. O modo como uma pessoa compra um carro, uma barra de Snicker, um par de jeans de R$ 300 ou uma implementação de software corporativo de milhões de dólares sempre foram diferentes. O conceito permanece o mesmo. Entenda os comportamentos que você deve obter dos clientes para poder identificar estratégias e métodos para alcançá-los.
3. Não pule o meio
A diretora de media e agency partnership da Mondelez, Kristi Karen, afirmou em uma palestra que os profissionais de marketing estão ignorando o meio do funil. É compreensível que as marcas gastem mais com os orçamentos de mídia, tornando o gasto no comércio irracionais, os profissionais de marketing sabem que os gastos com as marcas são necessários. Conquistar consideração e preferência tornou-se coisa do passado.
A marca vive na mente do consumidor, mas há uma diferença entre saber que a marca existe e abrir a carteira para comprar um produto. Esta é uma brecha que está se tornando cada vez maior. Um estudo realizado pela GE Capital, no ano passado, mostrou que 81% dos consumidores fazem pesquisas online antes de ir até a loja. Ignorar o meio é um grande risco.
4. Cubra todas as bases – paid, owned e earned media
Os consumidores agem de forma diferente dos negócios, eles vivem suas vidas e experimentam o mundo ao seu redor e as marcas com que convivem. Eles não diferenciam paid, owner e earned channels (canais pagos, proprietários e “boca a boca”), e as empresas devem fazer o mesmo.
A mídia paga terá um peso maior em gerar consciência e engajamento. Canais proprietários (como site) devem influenciar mais em considerações e compras. O importante é que a empresa cubra todos os tipos de canais e conecte cada um deles entre si.
5. Aceite o imensurável
É difícil aceitar, mas não se pode mensurar tudo. É fácil criar um gráfico das suas curtidas no Facebook, só não é fácil mensurar o amor das pessoas. Enquanto o primeiro representa algo quase insignificante, o segundo é a coisa mais valiosa que a marca pode conquistar.
Coisas incríveis sempre têm um impacto, que é uma ordem de magnitude maior do que algo pronto e previsível que se encaixa em uma planilha. Antigamente, a publicidade era relacionada à persuasão – a emoção era utilizada para criar desejo de forma mágica. E ainda pode ser assim.
Espero que as dicas te ajudem a mensurar melhor as suas métricas. Abraços e até a próxima.
Fonte: Proxxima
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