Inevitavelmente toda marca precisará, em algum momento, se reposicionar no mercado.
O que pode ser para se adaptar às novas tecnologias, a rotina do consumidor ou até mesmo para entregar novos produtos ou diferentes serviços aos clientes.
Mas, trocar sua identidade visual, por exemplo, pode ter um impacto tanto positivo quanto negativo no público.
Pois este já está acostumado a ver aquela marca com cores e signos familiares e assimilar informações àquele visual.
Por outro lado, quando a mudança é no posicionamento de mercado, as novas atitudes da empresa podem assustar o consumidor.
Isso quer dizer que ele pode ser pego de surpresa pelo comportamento incomum, diferente do adotado até então.
Neste artigo você vai saber o que é, quando fazer e como deve ser criada uma estratégia de rebrandig.
Assim, você vai aprender como se sair da melhor maneira nesse novo posicionamento e impactar de maneira positiva o target da marca.
Você conhece alguma marca que mudou de posicionamento?
O rebranding pode e deve ser utilizado em momentos não somente de crise de identidade da empresa, mas também quando se quer inovar.
Também quando se quer mudar o segmento da marca, ou até mesmo conversar com um novo público-alvo.
Independente de qual seja o motivo, saber o momento certo de mudar as estratégias de gestão da marca e se reposicionar com um novo modelo de negócio, é importante para continuar competitivo no mercado.
Isso permite que você não se torne obsoleto ou até mesmo inadequado ao momento presente.
Mas como saber quando é necessário realizar um rebranding em seu negócio? Toda marca precisa se reposicionar? Descubra nos parágrafos a seguir!
Afinal, o que é e para o que serve o rebrandig?
Como foi citado acima, não é necessário um colapso ou crise da marca para que uma nova estratégia de posicionamento seja sugerida e até estudada.
O rebranding não serve apenas para “salvar” uma empresa de uma crise, ele deve ser visto como um processo natural.
Já que com o amadurecimento de uma marca, é normal que o público não a enxergue com os mesmos olhos ou tenha o mesmo encanto de antes.
Quando uma marca entende que nem sempre o tradicional é a melhor de suas skills, ela abre as portas para enxergar as tendências que o mercado vem a exigir.
E se engana quem acha que isso não vale para marcas sólidas e bem alocadas no mercado.
Pois até mesmo a Coca Cola, que é um case de sucesso em diferentes áreas e que utiliza as mesmas cores de sua logo desde 1880, tem centenas de funcionários a postos para analisar possíveis tendências.
Como também para aprimorar a forma de realizar comunicação, criar novos modelos de negócios e redefinir suas campanhas de publicidade e propaganda.
Outro importante motivo para estar atento ao rebranding são as tendências de mercado, todo o planeta vem passando por um processo de transformação digital.
Logo, novos recursos e inovação nas mais diferentes atuações do mercado não param de surgir, dando fluidez ao processo de propagar informação, receber e consumir conteúdo.
O rebranding serve para que sua marca esteja sempre conversando com o momento atual do mercado e do público, entregando produtos, serviços e conteúdo.
Por isso é tão importante estar sempre pronto para se redescobrir e redesenhar o que for preciso.
Incremental X Radical
Quando chega o momento de realmente executar o rebranding é necessário ter em mente as consequências que essas mudanças podem gerar, seja a curto ou longo prazo.
Por esse motivo, muitas empresas optam por realizar o rebranding incremental, o qual é muito mais sutil.
Além disso, muitas vezes, ele acontece de maneira natural ao longo do tempo, ele geralmente acompanha o mercado e vai se adaptando com o passar do tempo.
Já o rebranding radical oferece um pouco mais de riscos e maiores investimentos a quem se propõe a executá-lo.
Tudo isso já que as mudanças acontecem de uma hora para outra, seja devido a uma crise ou oportunidades econômicas que a marca não quer perder.
Conheça alguns exemplos de marcas com casos de sucesso com reposicionamento de marca.
Entenda como algumas marcas conseguiram mudar o rumo de seus negócios fazendo um bom rebranding.
Havaianas
Você provavelmente já ouviu alguém reclamar do alto preço das famosas sandálias de dedo, fazendo referência ao passado, no qual tais produtos eram mais baratos.
Ou também pessoas que ao irem visitar amigos ou conhecidos no exterior, levaram para eles as sandálias de presente como um símbolo do Brasil.
Tudo começou em 1993, quando percebeu que apenas a classe de renda baixa estava comprando seus produtos.
Isso gerou dificuldade para lidar com concorrentes como a Rider e sem conseguir amenizar a venda dos modelos falsificados das sandálias, a marca precisava reagir para recuperar o mercado.
Foi então que em 1994, a Havaianas decidiu lançar uma nova linha de sandálias com 40 novas cores.
Além de subir seu preço de mercado para três vezes mais do que era pedido nos produtos antigos.
Para finalizar, celebridades apareciam em comerciais super produzidos usando a marca, que logo virou a queridinha da classe média pelo Brasil todo.
Natura
Diferente do caso acima, a Natura não passava por um momento de crise quando decidiu realizar suas mudanças estruturais.
Muito pelo contrário, a decisão veio devido a uma pesquisa realizada com consumidores, consultores e revendedoras.
A pequisa revelou que a empresa não seguia as atuais tendências de mercado, nem mesmo as propostas da marca.
Foi então que a empresa decidiu resgatar o propósito dos seus fundadores, trazendo para a marca o humanismo, equilíbrio, transparência e criatividade.
Esses pilares que muitas vezes era pregado apenas no discurso inicial da marca, além de dar um maior destaque aos ingredientes naturais brasileiros.
A ideia foi unir as belezas naturais do país com a sensação de saúde e leveza obtida através do consumo dos produtos.
O primeiro passo foi mudar a logo, que abandonou o verde tradicional e pesado, passando a assumir uma identidade um pouco mais leve e colorida.
Um importante passo da estratégia estava na adaptação dos consumidores mais fiéis à nova cara da marca.
Por isso a mudança foi gradual, aos poucos as embalagens eram substituídas por novas e produtos eram gradualmente lançados no mercado.
Outro importante passo foi providenciar uma campanha para preparar as consultoras e garantir que a nova identidade seria inserida para as consumidoras da maneira mais natural possível.
Assim, com o ciclo natural do tempo, toda a marca se modificou sem que o público se assustasse de prontidão.
Como fazer o rebrandig?
Antes de mudar a identidade da empresa e suas estratégias mercadológicas, é essencial entender quais são as necessidades do público-alvo.
Isso quer dizer que é importante entender os motivos que fazem a marca precisar ou optar por essas mudanças
Sendo assim, antes de tudo, obtenha um diagnóstico completo do cenário atual da marca e do mercado, para que a partir dele, os profissionais possam tomar as melhores decisões.
Dessa forma poderão realizar estratégias de mudança e reposicionamento da marca que façam sentido e correspondam com as expectativas geradas.
1 – Modificando a identidade visual
Chegou a hora de dar uma repaginada na cara da empresa? Ela já não conversa mais com os objetivos da marca ou com o público?
Não se preocupe, é possível realizar mudanças visuais na marca sem perder a essência da marca.
Primeiro de tudo, é essencial que todos os produtos conversem com o que foi proposto para a nova logo, afinal tudo está conectado, por isso, não basta apenas trocar a primeira imagem da marca.
Apesar de ela ser a porta de entrada, ela é quem dita o que o consumidor encontrará no restante das peças, artes e qualquer conteúdo visual da empresa.
Pensando nisso, na hora de realizar o rebranding da identidade visual, lembre-se de não deixar o equilíbrio de lado e mais importante de tudo: não descaracterizar a marca.
2 – Saiba onde colocar sua marca
As vezes estamos tão preocupados com a marca em si, que esquecemos da importância do que e como comunicamos e nos posicionamos nas redes sociais.
Se o objetivo do rebranding é buscar por novos consumidores, talvez seja importante repensar a estratégia empregadas nas mídias sociais, ela tem tudo a ver com a identidade visual, lembre-se que esta também deve ser levada para as redes.
O conteúdo postado tem funcionado? Nesse momento é importante reestruturar tudo, desde as imagens, as hashtags utilizadas.
3 – Instigue o público e esteja atento
Não adianta de nada criar algo novo, se ninguém vai olhar ou se interessar, concorda?
Para essa nova fase, é importante criar expectativa no público, criar ações que os instiguem a querer saber mais ou ficar ansiosos pelo novo.
Para isso invista em campanhas de marketing digital, contate influencers e/ou crie expectativa por meio das redes sociais.
O importante é colocar o conteúdo no mundo e fazer com que ele seja consumido por quem a marca deseja impactar.
E principalmente: esteja atento às mudanças, nesse primeiro momento de rotina do consumidor alterada é importante estar de olho em como ele irá reagir às novidades.