No dia 17 de janeiro o Google anunciou em seu blog mais uma novidade: O Google Speed Update. A nova atualização irá mudar a forma com as buscas e os anúncios acontecem em dispositivos móveis a partir de julho desse ano.
“Mas mudar como?” – Você deve estar pensando. Calma, é só continuar a leitura que você irá descobrir.
O que é Google Speed Update?
Como o próprio nome sugere, o Google Speed Update é uma atualização do Google que passará a considerar a velocidade como fator de ranqueamento nas buscas realizadas por dispositivos móveis.
Talvez você não esteja vendo nada de muito novo nisso. E de fato não há, desde 2010 a velocidade de carregamento passou a ser considerada pelo Google na hora de classificar as páginas. Porém, a partir de julho isso irá mudar um pouco.
De acordo com as palavras do próprio Google:
“Embora a velocidade já esteja sendo usada no ranking há algum tempo, até então era somente nas buscas feitas no desktop. A partir de julho de 2018, a velocidade da página será um fator de classificação para buscas em dispositivos móveis.”
A mudança era esperada desde 2016, quando o Google anunciou que páginas mobile teriam prioridade na indexação, o famoso Mobile fist Indexing. E nada mais é do que o resultado natural de um mundo cada vez mais dominado pelos dispositivos móveis.
Qual será o impacto que o Google Speed Update nas buscas?
O post feito no blog do Google foi bem sucinto. É por isso que até o momento ainda não temos informações detalhadas sobre o assunto.
Mas, como o próprio nome sugere e o comunicado do Google na semana passada diz, os sites que possuem experiência mais lenta aos usuários irão ‘perder pontos’ na classificação do buscador.
Ainda de acordo com a nota, o Google Speed Update vai impactar apenas uma porcentagem pequena das buscas. Ou seja, se uma página estiver mais lenta, mas ter um conteúdo considerado relevante para o público – de acordo com o Google, é claro – poderá continuar a ranquear bem.
Outro ponto interessante a ressaltar é que o Google Speed Update fará essa ‘análise’ independente da tecnologia utilizada para criar as páginas. Então, todos terão que se preocupar em melhorar a velocidade da navegação. Sem exceções.
Inclusive, há um trecho no post que exprime bem a intenção do gigante das buscas:
“Nós incentivamos os desenvolvedores a pensar amplamente sobre como o desempenho afeta a experiência de um usuário em sua página e considerar uma variedade de métricas de experiência do usuário.”
Mais do que velocidade, o foco é a experiência do usuário. Anote isso. Você vai precisar lembrar.
E quanto ao Google Ads?
Falando nisso, não podemos deixar de pensar no Google Ads: Será que o Google Speed Update também exercerá influência nos anúncios?
Bem, tudo leva a crer que sim. Afinal, um dos pontos que o Google Ads observa para compor o Índice de Qualidade (IQ) dos anúncios é justamente a experiência da página de destino.
E para melhorar essa experiência o Google recomenda que os desenvolvedores tomem algumas ações, entre elas: Facilitar a navegação, diminuir o tempo de carregamento e tornar o site mais rápido em todos os tipos de dispositivos. Percebeu como essas três recomendações estão totalmente relacionadas à velocidade?
A nova atualização, portanto, tem tudo a ver com o AdWords. Aliás, o IQ influencia no Custo por Clique (CPC). Isto é, o esperado é que o CPC dos anúncios aumente caso a velocidade da página não seja considerada também em dispositivos móveis.
A boa notícia é que ver como está a experiência da sua página de destino é muito simples.
Basta acessar a sua conta no Google AdWords, clicar em ‘Palavras-chave’ no menu lateral esquerdo e posicionar o mouse em alguma das palavras-chaves listadas. Conforme mostra o print a seguir:
Observe o ‘box de informação’ que aparece ao realizar esses espaço. No fim dele, há o item ‘Experiência na Página de Destino…
Caso aparecer escrito ‘Média’ ou ‘Acima da média’ você pode ficar mais tranquilo. Agora se tiver ‘Abaixo da média’ vale a pena analisar a velocidade dessa página em si. O bom é que você tem até julho para melhorar isso.
Como faço para saber como está a velocidade do meu site no geral?
Como ninguém vive apenas de Google Ads é importante que você saiba como está a velocidade do seu site e páginas, no geral. E não somente das suas páginas de destino.
E como fazer isso? Bem, não existe – ainda – uma ferramenta para indicar feita especificamente para isso. Mas o Google recomenda os seguintes recursos:
- PageSpeed Insights: Ferramenta que mostra como a página executa o Relatório UX do Chrome, sugerindo otimizações. Não apenas mede o desempenho como sugere ações para deixar a página mais rápida tanto no desktop como em dispositivos móveis;
- Lighthouse: Ferramenta focada na experiência do usuário, onde por meio de testes dentro da página cria um relatório sobre o desempenho dela;
- Chrome User Experience Report: Como o próprio nome diz, é um relatório que traz métricas de experiência do usuário considerando pessoas reais que utilizam o Google Chrome.
Tenho certeza que com essas opções você vai ter uma boa análise de como anda o desempenho das suas páginas e se preparar para fazer os ajustes necessários.
Pensou mesmo que era só isso? Errou. Continue com a gente para aprender mais dicas para que a atualização influencie positivamente no seu negócio.
Dicas para se preparar para a atualização
1. Continue focando na qualidade
Ao ler o post no blog do Google vemos claramente que a relevância do conteúdo continua sendo soberana nas buscas. E não poderia ser diferente, né? Não adianta ter um site com páginas rápidas e bonitas se o conteúdo que estiver ali não for relevante para os visitantes.
Por essa razão, os esforços maiores devem estar direcionados para um objetivo maior: Entregar valor para o público.
Resumindo: Na dúvida entre velocidade e qualidade, fique com o segundo adjetivo. Mas trabalhe continuamente para conseguir unir esses dois pontos de modo a fazer o melhor para as pessoas.
2. Pense na experiência do usuário em cada detalhe
O comunicado do Google deixa bem claro que a velocidade não deve ser vista como algo isolado. O intuito é propiciar a melhor experiência do usuário possível, agora pensando em dispositivos móveis.
Não basta ter um site com ótimo conteúdo e que carregue rápido se não há um cuidado em tudo o que engloba a experiência do usuário. É claro que a velocidade faz parte disso e não pode ser subestimada, mas é só um ponto de um universo a ser explorado.
Antes de mais nada, lembre-se que existe uma razão para o usuário estar na sua página. Seja um problema, uma dúvida ou objetivo, o seu trabalho é facilitar o caminho dele até onde verdadeiramente interessa.
Ofereça uma experiência intuitiva para as pessoas. Tudo precisa ser pensado: Organização, cores, tamanhos, botões, fontes, imagens. Vale a pena investir em um web designer, profissional capacitado para isso.
3. Entenda e invista em Google AMP
Um tempo atrás aqui no blog nós já falamos sobre Google AMP. Se você não leu ou não se lembra bem do tema, clique aqui para compreender tudo sobre esse assunto.
Mas para resumir: AMP nada mais é do que uma sigla para o termo em inglês Accelerated Mobile Pages, uma iniciativa de código aberto do Google para criar páginas que carreguem de maneira instantânea nos dispositivos móveis.
É como se fosse uma segunda versão de suas páginas, mais leve, veloz e responsiva. A melhor notícia é que todos podem aderir ao AMP, basta entrar em contato com um bom desenvolvedor.
Aliás, se você utiliza WordPress uma simples instalação de plugin pode ser o suficiente para tornar as suas páginas AMP sem ter conhecimento nenhum sobre o tema. Sim, é extremamente simples.
“Mas por que estamos falando sobre Google AMP aqui?” Você deve estar se perguntando. Porque se o Google Speed Update irá prezar a velocidade e a experiência do usuário em dispositivos móveis, as AMPs parecem ser a melhor escolha.
E aí, que tal começar a pensar nisso hoje mesmo? Em um outro artigo que fizemos como Guest Post para o Hotmart explicamos mais detalhes de como você pode iniciar, clique aqui e aprenda.
4. Pense em conteúdos voltados para o mobile
Aí está outra consideração que eu não podia deixar de lado: As pessoas têm comportamentos diferentes quando estão no mobile.
Como assim? Bem, no geral, quando estamos em smartphones temos menos paciência e fazemos leituras mais curtas. No desktop e notebook a situação muda consideravelmente e ficamos mais à vontade para ler conteúdos mais complexos e densos.
Assim, é crucial que você pense em conteúdos voltados para dispositivos móveis, em específico. É muito comum, por exemplo, o internauta procurar um endereço ou telefone por meio do celular. Muitas vezes ele está na rua e precisa dessa informação de maneira rápida, pense nisso.
5. Keep It Simple
Uma das últimas dicas que eu queria deixar aqui é essa: Keep it Simple. Nada de complicar e ‘viajar excessivamente’. Pelo contrário, construa páginas simples, diretas e objetivas.
Como diz a frase tão mencionada no Marketing Digital: “O conteúdo é rei”. Direcione o seu foco em responder as dúvidas dos usuários e tire todas as distrações possíveis que possam dificultar isso.
E isso deve ser pensado em cada novo artigo do seu blog ou edição no seu site. Excesso de plugins, efeitos, vídeos e até mesmo o tamanho das imagens: Pense em todos esses detalhes.
6. Não demore
A última recomendação que tenho que deixar aqui é: Comece agora mesmo. Eu sei que a atualização irá acontecer somente em julho, mas pensar nela com antecedência você tem tempo para fazer testes e otimizar tudo.
Então, depois não vem dizer que não foi avisado. Nem pelo Google nem por nós do leadlovers. Que tal começar trabalhar nisso assim que terminar esse artigo?
Concluindo…
A nova atualização do Google não é nenhuma novidade tão inesperada assim… Os dispositivos móveis vêm roubando a cena nos últimos anos e seria um erro gigantesco desconsiderar ou subestimar isso.
Portanto, seja para ranquear melhor na busca orgânica ou construir anúncios mais eficazes no Google AdWords ou mesmo somente por se preocupar com as pessoas, você precisa pensar no desempenho de suas páginas e principalmente na experiência do usuário.