O caminho pelo qual a internet nos levou é algo em que poucos imaginavam a pouco tempo atrás, a adesão das redes sociais a esse cenário criou um nível de interação inexplicável, havendo uma troca entre as pessoas que jamais se viram. O paradigma da comunicação foi transformado, o poder, que antes estava nas mãos de poucos, agora se desloca para as mãos de muitos.
A necessidade desse estágio inicial traz mais voz e, consequentemente, mais poder às pessoas. O público não deseja apenas consumir, mas também uma relação rica e de troca, onde se identifiquem e confiem nas marcas. Esta realidade está fazendo com que muitas empresas revejam os seus conceitos. A pergunta é: como as empresas devem navegar neste novo cenário?
Uma maneira é perceber que o relacionamento em si pode evoluir e se transformar em uma fonte de valor, indo além do produto ou serviço, enfatizando assim os seus valores e seu propósito de existir. Este é o fator que cria a preferência por uma marca.
Atualmente, nós vivemos em uma realidade conecta e compartilhada, então é praticamente impossível alguma empresa esconder algo, tudo vem à tona: o produto de má qualidade, o baixo nível de serviço, o péssimo atendimento, etc. Os problemas nunca deixarão de existir, mas a tolerância para erros é praticamente nula hoje em dia, “graças” ao vinculo aprofundado entre pessoas e empresas. O consumidor envolvido até é capaz de ajudar em casos de problemas.
A disciplina que mais aborda a questão de como trilhar este caminho é o Branding. Muitas pessoas só levam em consideração a parte estética do assunto, mas o grande papel de uma consultoria na área é ajudar as empresas a descobrirem e disseminarem seus valores. Quando o objetivo é atingido e o pensamento é entendido e comungado por todos, as marcas ficam fortes e próximas do público.
Conexões autênticas são difíceis, ainda mais porque ela precisa ser firmemente ancorada na cultura da empresa. Desenvolver uma relação aberta e confiável a partir de experiências diárias com o cliente exige trabalho duro. Estabeleça os valores organizacionais e mantenha-os vivos, disseminados pela organização de modo a refletir na percepção das pessoas.
Após o entendimento profundo do que a marca representa é que se pode projetar as suas manifestações, como deve ser a identidade visual, quais os canais mais apropriados para difundir suas mensagens, o que se espera de suas pessoas, como devem ser seus espaços. Cada ponto onde as pessoas têm contato com uma marca é uma oportunidade de construção de relacionamento. Tudo se comunica, tudo se transforma em experiência com a marca e deve estar alinhado e coerente com seu posicionamento.
Não é uma tarefa fácil, mas não existe outro caminho ou atalhos, as marcas têm que parar e refletir, entender e esclarecer os seus papéis para, assim, conseguir relevância na vida das pessoas. Ou elas fazem isso o quanto antes ou vão acabar indo para o espaço.
Fonte: Adnews